terça-feira, julho 02, 2013

"É preciso impedir que outros [jovens] saiam e é preciso trazer de volta os que já saíram" - Ana Elisabete Ferreira

Ela é jurista, é advogada, é professora, é romancista; uma mulher de causas, dedicada aos mais variados projetos culturais e sociais. Os jovens estão no centro das suas preocupações e, por isto mesmo, Ana Elisabete Ferreira foi escolhida pelo candidato à Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere, António Vicente Martins, para representar a juventude ferreirense na sua candidatura. Com 26 anos, a jovem nascida em Ferreira do Zêzere conta com um percurso académico e profissional invejável. Enquanto jovem ferreirense, participou ativamente em diversos grupos representativos do concelho, entre os quais estão o Agrupamento de Escuteiros, o Grupo de Jovens da Paróquia de S. Miguel, o Grupo Coral da Paróquia, a Sociedade Filarmónica Ferreirense ou os clubes de Literatura e de Teatro Amador da Escola EB 2,3/S de Pedro Ferreiro. Aos 19 anos publicou o seu primeiro romance e, por iniciativa própria, desenvolveu atividades e palestras para escolas e bibliotecas dos distritos de Santarém e de Lisboa, com o objetivo de promover a leitura entre os mais jovens. Atualmente é advogada estagiária e jurista voluntária. Aceitou o desafio de ser a Embaixadora da Juventude para a candidatura de Vicente Martins e explica-nos as razões pelas quais está disposta a dar cara e voz.



Antes de mais, uma pergunta esclarecedora para muitos jovens ferreirenses: Que papel tem uma embaixadora da juventude?

Eu mesma tive que refletir sobre o significado deste mandato de embaixadora da juventude para poder, em consciência, aceitar o desafio que me foi proposto. Um embaixador é alguém que representa um determinado grupo; representa os interesses, as expectativas e as necessidades de um grupo, clama e defende os seus direitos. É esse, pois, o meu papel: representar as legítimas expectativas dos jovens, demonstrar as suas convicções, defender e fazer cumprir os nossos direitos fundamentais, com firmeza e seriedade.

Que motivo te levou a aceitar este desafio para a candidatura de António Vicente Martins?

Tenho a certeza absoluta de que este candidato, em conjunto com o seu grupo de trabalho, fará mais e melhor por Ferreira do Zêzere.
Ferreira do Zêzere tem muitos e bons recursos, mas até hoje fez-se muito pouco do que é realmente importante num concelho envelhecido e com tanto desemprego. Basta perguntar: porquê habitar, criar um negócio, estabelecer uma empresa, dedicar-se à agricultura, oferecer serviços turísticos ou promover eventos em Ferreira do Zêzere, hoje em dia? A resposta negativa a estas e outras perguntas deixa muito evidente que o esforço feito até hoje pelo Executivo atual – que já teve mais de 30 anos para mostrar a valia do seu programa ideológico – ou foi pouco, ou foi inútil.
De nada adianta aos ferreirenses que o discurso mude ligeiramente. É preciso que a atitude mude.
Neste momento que o país atravessa não é tempo de colocar problemas, é tempo de dar respostas. A solução governativa que temos já mostrou, infelizmente, que não sabe fazer face a dificuldades como as que temos hoje. É que agora já não basta simplesmente “deixar o barco navegar”, é preciso agir. E o Dr. Vicente Martins, com o seu grupo de trabalho, têm projetos claros, objetivos e realistas para melhorar as ofertas do concelho a todos os níveis: saúde, educação, emprego, turismo, cultura, ambiente, entre outros. Conheço esses projetos e acredito neles, sem sombra de dúvida.

Quais serão os principais objetivos desta embaixadora da juventude?

1.º - Ouvir as reivindicações das pessoas, em particular as dos jovens, e recolher o seu contributo em termos de ideias para o concelho. 2.º - Reunir os pontos-chave para a promoção de três áreas essenciais: emprego, formação profissional e empreendedorismo em geral. 3.º Estabelecer vias de apoio personalizado, parcerias sociais e protocolos de promoção do emprego, da formação e dos empreendimentos empresariais, culturais e turísticos. Aos poucos, já venho reunindo contributos e soluções que considero muito viáveis.

Tendo em conta a relação próxima que tem com este concelho, quais são as maiores necessidades que deteta nos jovens ferreirenses?

Em resumo: falta de atividades extracurriculares de relevo formativo, cultural e científico; falta de soluções de tempos livres e férias; ausência de oferta de formação profissional; falta de oferta de formação específica (línguas; desportos; música); falta de espaços de diversão, falta de informação e orientação profissional e académica; falta de apoio social e psicológico; falta de emprego; falta de apoio à habitação; falta de soluções de arrendamento urbano; falta de apoio e benefícios às pequenas empresas; falta de estímulos às lojas e serviços; falta de incentivos à maternidade e à paternidade. São exemplos.

E o que pode ser feito para responder a essas necessidades?

As bases são a formação e o emprego. Por isso tenho reunido e pensado propostas que começarão por criar ofertas de formação profissional e de tempos livres. Estão pensadas, também, várias soluções para orientar os jovens para a vida ativa, para oferecer estágios profissionais e para premiar as iniciativas de criação do próprio emprego. A palavra de ordem será impulsionar: dar o impulso para que os jovens e suas famílias se ajudem a si mesmos e entre si, oferecendo-lhes os meios e as instruções adequadas, para poderem escolher bem a sua formação, pôr em prática o seu projeto, construir a sua casa ou a sua loja, ter mais filhos, etc., sem terem de sair do concelho.
Lembre-se que os jovens de hoje em dia estão numa situação de especial fragilidade, por falta de emprego, por precaridade de soluções, por ausência de respostas e pela questão prévia de não estarem minimamente preparados para reagir a esta situação, porque cresceram convencidos de que tudo seria diferente. Há riscos sociais enormes inerentes a esta fragilidade, que ameaçam toda a sociedade – fome, criminalidade, toxicodependência, doença, suicídio, baixa de natalidade... As sociedades são como as pontes – a sua resistência mede-se pelos seus pilares mais frágeis. Se os pilares mais frágeis começam a ceder e a quebrar, a ponte cai, porque sem os pilares finos, o tabuleiro não tem estabilidade. A sociedade é assim também.

Temos assistido a um certo êxodo dos jovens ferreirenses. Algumas das circunstâncias que os levam a “fugir” é a procura de um futuro. Será também esta uma das suas preocupações?

Sem dúvida. Os nossos jovens fazem-nos muita falta. Conheço dezenas que emigraram neste ano. Sem eles, o concelho vai morrer, porque aos poucos todas as portas terão de fechar, e o pouco que existe acabará. É preciso impedir que outros saiam e é preciso trazer de volta os que já saíram.
Esta é uma das minhas grandes preocupações, daí que a trave-mestra vá sempre assentar na orientação formativa e profissional dos jovens, na promoção dos estágios profissionais, na especialização em áreas técnicas e no incentivo ao emprego e ao auto emprego.

O perfil do candidato enquadra-se nas necessidades do concelho, principalmente dos jovens?

Sim, o perfil de António Vicente Martins enquadra perfeitamente com as principais preocupações dos jovens, que faço minhas. Discutimos tudo o que já referi, antes mesmo da formalização da candidatura. Estamos em sintonia: eu sei que o Dr. Vicente leva muito a sério aquilo a que se propõe, e ele sabe que eu sou muito firme no meu propósito de melhorar a vida dos jovens ferreirenses.
O facto de ser médico dá-lhe um conhecimento das verdadeiras necessidades das pessoas do concelho que quem não “corre as aldeias” não pode ter. Mas o Dr. Vicente não tem sido só médico, mas também “assistente social”, conselheiro, psicólogo e um grande empregador. Eu entendo que para governar, mais do que saber coisas sobre os números, é preciso saber coisas sobre as pessoas. Aceito apoiar a candidatura de António Vicente Martins com a mais absoluta consciência de que ele é o melhor candidato, e será o Presidente de que agora precisamos. As suas opções serão razoáveis mas audazes e muito inovadoras.

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