Ela é jurista, é
advogada, é professora, é romancista; uma mulher de causas, dedicada aos mais
variados projetos culturais e sociais. Os jovens estão no centro das suas
preocupações e, por isto mesmo, Ana Elisabete Ferreira foi escolhida pelo
candidato à Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere, António Vicente Martins,
para representar a juventude ferreirense na sua candidatura. Com 26 anos, a
jovem nascida em Ferreira do Zêzere conta com um percurso académico e
profissional invejável. Enquanto jovem ferreirense, participou ativamente em
diversos grupos representativos do concelho, entre os quais estão o Agrupamento
de Escuteiros, o Grupo de Jovens da Paróquia de S. Miguel, o Grupo Coral da
Paróquia, a Sociedade Filarmónica Ferreirense ou os clubes de Literatura e de
Teatro Amador da Escola EB 2,3/S de Pedro Ferreiro. Aos 19 anos publicou o seu
primeiro romance e, por iniciativa própria, desenvolveu atividades e palestras
para escolas e bibliotecas dos distritos de Santarém e de Lisboa, com o
objetivo de promover a leitura entre os mais jovens. Atualmente é advogada
estagiária e jurista voluntária. Aceitou o desafio de ser a Embaixadora da
Juventude para a candidatura de Vicente Martins e explica-nos as razões pelas
quais está disposta a dar cara e voz.
Antes de mais, uma pergunta esclarecedora
para muitos jovens ferreirenses: Que papel tem uma embaixadora da juventude?
Eu mesma
tive que refletir sobre o significado deste mandato de embaixadora da juventude
para poder, em consciência, aceitar o desafio que me foi proposto. Um
embaixador é alguém que representa um determinado grupo; representa os
interesses, as expectativas e as necessidades de um grupo, clama e defende os
seus direitos. É esse, pois, o meu papel: representar as legítimas expectativas
dos jovens, demonstrar as suas convicções, defender e fazer cumprir os nossos
direitos fundamentais, com firmeza e seriedade.
Que
motivo te levou a aceitar este desafio para a candidatura de António Vicente
Martins?
Tenho a
certeza absoluta de que este candidato, em conjunto com o seu grupo de
trabalho, fará mais e melhor por Ferreira do Zêzere.
Ferreira do
Zêzere tem muitos e bons recursos, mas até hoje fez-se muito pouco do que é
realmente importante num concelho envelhecido e com tanto desemprego. Basta
perguntar: porquê habitar, criar um negócio, estabelecer uma empresa,
dedicar-se à agricultura, oferecer serviços turísticos ou promover eventos em
Ferreira do Zêzere, hoje em dia? A resposta negativa a estas e outras perguntas
deixa muito evidente que o esforço feito até hoje pelo Executivo atual – que já
teve mais de 30 anos para mostrar a valia do seu programa ideológico – ou foi
pouco, ou foi inútil.
De nada
adianta aos ferreirenses que o discurso mude ligeiramente. É preciso que a
atitude mude.
Neste
momento que o país atravessa não é tempo de colocar problemas, é tempo de dar
respostas. A solução governativa que temos já mostrou, infelizmente, que não
sabe fazer face a dificuldades como as que temos hoje. É que agora já não basta
simplesmente “deixar o barco navegar”, é preciso agir. E o Dr. Vicente Martins,
com o seu grupo de trabalho, têm projetos claros, objetivos e realistas para
melhorar as ofertas do concelho a todos os níveis: saúde, educação, emprego,
turismo, cultura, ambiente, entre outros. Conheço esses projetos e acredito
neles, sem sombra de dúvida.
Quais
serão os principais objetivos desta embaixadora da juventude?
1.º
- Ouvir as reivindicações das pessoas, em particular as dos jovens, e recolher
o seu contributo em termos de ideias para o concelho. 2.º - Reunir os
pontos-chave para a promoção de três áreas essenciais: emprego, formação
profissional e empreendedorismo em geral. 3.º Estabelecer vias de apoio
personalizado, parcerias sociais e protocolos de promoção do emprego, da
formação e dos empreendimentos empresariais, culturais e turísticos. Aos
poucos, já venho reunindo contributos e soluções que considero muito viáveis.
Tendo em conta a
relação próxima que tem com este concelho, quais são as maiores necessidades
que deteta nos jovens ferreirenses?
Em
resumo: falta de atividades extracurriculares de relevo formativo, cultural e
científico; falta de soluções de tempos livres e férias; ausência de oferta de
formação profissional; falta de oferta de formação específica (línguas;
desportos; música); falta de espaços de diversão, falta de informação e
orientação profissional e académica; falta de apoio social e psicológico; falta
de emprego; falta de apoio à habitação; falta de soluções de arrendamento
urbano; falta de apoio e benefícios às pequenas empresas; falta de estímulos às
lojas e serviços; falta de incentivos à maternidade e à paternidade. São
exemplos.
E
o que pode ser feito para responder a essas necessidades?
As bases são
a formação e o emprego. Por isso tenho reunido e pensado propostas que
começarão por criar ofertas de formação profissional e de tempos livres. Estão
pensadas, também, várias soluções para orientar os jovens para a vida ativa,
para oferecer estágios profissionais e para premiar as iniciativas de criação
do próprio emprego. A palavra de ordem será impulsionar:
dar o impulso para que os jovens e suas famílias se ajudem a si mesmos e entre
si, oferecendo-lhes os meios e as instruções adequadas, para poderem escolher
bem a sua formação, pôr em prática o seu projeto, construir a sua casa ou a sua
loja, ter mais filhos, etc., sem terem de sair do concelho.
Lembre-se
que os jovens de hoje em dia estão numa situação de especial fragilidade, por
falta de emprego, por precaridade de soluções, por ausência de respostas e pela
questão prévia de não estarem minimamente preparados para reagir a esta
situação, porque cresceram convencidos de que tudo seria diferente. Há riscos
sociais enormes inerentes a esta fragilidade, que ameaçam toda a sociedade –
fome, criminalidade, toxicodependência, doença, suicídio, baixa de
natalidade... As sociedades são como as pontes – a sua resistência mede-se
pelos seus pilares mais frágeis. Se os pilares mais frágeis começam a ceder e a
quebrar, a ponte cai, porque sem os pilares finos, o tabuleiro não tem
estabilidade. A sociedade é assim também.
Temos assistido a
um certo êxodo dos jovens ferreirenses. Algumas das circunstâncias que os levam
a “fugir” é a procura de um futuro. Será também esta uma das suas preocupações?
Sem dúvida.
Os nossos jovens fazem-nos muita falta. Conheço dezenas que emigraram neste
ano. Sem eles, o concelho vai morrer, porque aos poucos todas as portas terão
de fechar, e o pouco que existe acabará. É preciso impedir que outros saiam e é
preciso trazer de volta os que já saíram.
Esta é uma
das minhas grandes preocupações, daí que a trave-mestra vá sempre assentar na
orientação formativa e profissional dos jovens, na promoção dos estágios
profissionais, na especialização em áreas técnicas e no incentivo ao emprego e
ao auto emprego.
O perfil do
candidato enquadra-se nas necessidades do concelho, principalmente dos jovens?
Sim, o
perfil de António Vicente Martins enquadra perfeitamente com as principais
preocupações dos jovens, que faço minhas. Discutimos tudo o que já referi,
antes mesmo da formalização da candidatura. Estamos em sintonia: eu sei que o
Dr. Vicente leva muito a sério aquilo a que se propõe, e ele sabe que eu sou
muito firme no meu propósito de melhorar a vida dos jovens ferreirenses.
O facto de
ser médico dá-lhe um conhecimento das verdadeiras necessidades das pessoas do
concelho que quem não “corre as aldeias” não pode ter. Mas o Dr. Vicente não
tem sido só médico, mas também “assistente social”, conselheiro, psicólogo e um
grande empregador. Eu entendo que para governar, mais do que saber coisas sobre
os números, é preciso saber coisas sobre as pessoas. Aceito apoiar a
candidatura de António Vicente Martins com a mais absoluta consciência de que
ele é o melhor candidato, e será o Presidente de que agora precisamos. As suas
opções serão razoáveis mas audazes e muito inovadoras.
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